"Somos nos que ressusitamos os mortos e escrevemos o que fizeram com os rastros deles. E nos enumeramos tudo num registro explícito e formal "
(Alcorão, Surate 36Ya, Versículo 12)
Três cemitérios judaicos estão em Alexandria sem vigilância.Os altos muros desencoragem os indesejáveis, mas não o lixo dos vizinhos e transeuntes. Os três precisam urgentemente de reformas e de manutenção o que a comunidade atual não pode fazer em vista da idade avançada de nossos patrícios e a falta de vontade para usar os fundos necessários.
Ao acesso ficou difícil e andar entre os túmulos perigoso (serpentes e escorpiões).
Certos túmulos são descobertos, outros precisam ser consolidados.
Encontrarão ao lado uma planta sucinta dos três cemitérios permitindo situar nas fotos um “power point” assim como nas fotos feitas por satélites.
Os três cemitérios encontram-se no centro de uma cidade com explosão demográfica continua. Os mais recentes cemitérios em Chatby estão no bairro dos cemitérios muçulmanos, coptos e católicos. Eles estão relativamente protegidos do apetite dos promotores imobiliários, mas aquele de Mazarita que está numa zona de forte densidade imobiliária estão sujeito a pressões inadmissíveis. Eles querem que desaparecem e que as ossadas estejam transportadas num outro lugar como aconteceu com o cemitério de Tanta onde só uma fossa comum e uma placa remanescem.
A comunidade foi obrigada a aceitar as exigências governamentais e os imóveis erigidos nas cercanias sofriam com aproximidade dos monumentos funerários.
Pode entender-se as necessidades de uma nova realidade, mas a falta de representação e de vozes reclamantes da comunidade levou as arvores dos cemitérios a tais dimensões que vão acabar demolindo os túmulos e certamente a disparição do cemitério.De outro lado o governador de Alexandria querendo melhorar o visual geral da cidade mandou reconstruir os muros visíveis que foram pagos pela prefeitura.
Isso prova que o governo egipcio é sensível ao respeito pelos mortos que é um preceito do Islã. Aceitou também intervenções quando foi construída a estrada em frente ao cemitério Bassatine no Cairo.
A comunidade de Alexandria tem também a responsabilidade do tumulo do taumaturgo Rav Abou Hassira, falecido em 1880perto de Damanhour. Este site é um lugar de peregrinação para os judeus originários principalmente do Marocco, França e Israel.Esta peregrinação na qual participava os judeus do Egito no passado aumenta q tensão com a vizinhança e pode levar a decisões extremas afetando o patrimônio Precisa apreciar a necessidade de um enquadramento destacadomas bem representativo analisando o extrato do jornal “Al Ahram”: http://weekly.ahram.org.eg/2001/536/eg3.htm
O cemitério de Bassatine no Cairo foi saqueado. Ele é entre os mais velhos cemitérios judaicos do mundo datado do século IXmas como na época não foi cercado de muros na origem num lugar completamente deserto sua extensão aconteceu com o tempo e infelizmente a cidade chegou rapidamente naquela extremidade do deserto e as placas de marmore sumiram desde 1967 e os sem-teto tomaram possessão do cemitério, alias eles estão lá até hoje.
A comunidade e em particular a Sra Weinstein conseguiram desalojar alguns legalmente. Ela conseguiu os fundos na Federação Sefaradi Mundial na Suíça e no grupo Hassoun na França para poder construir um muro circular de 2 kms. o que permitiu recuperar 2/3 do cemitério de 260.000 m2. A Sra Weinstein trabalha muito para salvaguardar 300 tumulos que estavam se perdendo por causa das construções periféricas e permitiu o reparo dos túmulos do cemitério que foi realizado por estudantes americanos.Ela fez também o embelezamento floral do cemitério.
Infelizmente os sem-tetos estão lá onde o cemitério não está protegido, e eles construem em cima dos túmulos. E lamentável que para visitar o cemitério seja necessário uma autorização.
Seria desejável que uma fundação encarrega-se da preservação, da segurança e da manutenção, assim como dos reparos desejados pelas famílias e em conformidade com as novas plantações. Seria normal que o Governo autorizasse a translação dos restos mortuais segundo os direitos e a tradição judaica no estrangeiro para as famílias que seriam interessadas.